PODE ME FALTAR TUDO, MENOS CONFIANÇA EM DEUS. MAS COMO CONFIAR EM DEUS SE ELE ME DEIXAR FALTAR TUDO?

Antes de mais nada, não há como não reconhecer que somos fracos. Somos falhos. Sentimos medo e, com medo, nos desesperamos. Afinal, de que vale o cheiro das rosas para quem não consegue sequer o mínimo para comprar um pão? De que vale a beleza de um pôr de sol para uma mãe cujos filhos choram de  doenças, frio e fome sem que ela nada possa fazer?

Não à toa que se diga que a fé está sempre no caminho do meio. Na bonança, o poder e acesso a prazeres variados obstacularizam a importância de Deus nossa vida, ao passo que na miséria absoluta fica muito difícil realmente sentir-se protegido por qualquer força superior.

Daí, como contenar a quem fraqueja em sua fé quando até mesmo o mais sábio entre os que já pisaram neste planeta já perguntaram a Deus por que o abandonara. Mesmo sabendo em seu íntimo que Deus jamais o abandonou. Mesmo sabendo que Deus sempre estava olhendo por ele e que tudo o que estava passando tinha um propósito.

Mas, repito: somos fracos e somos falhos. E ainda por cima, ignorante acerca dos desígnos de Deus em nossa vida. Buscamos a paz em Cristo e ainda que presenciemos às mais diversas maravilhas, tal e qual Pedro, fraquejamos.

Fraquejamos quando utilizamos nossos cargos e recursos para prejudicar aos demais. Fraquejamos por vaidade. Por medo. Por arrogância. Fraquejamos para atender a pedidos. Para ceder a instintos. Por ignorância e até por costume.

Disso tudo, também, a urgência em cultivarmos a fé e os costumes em Cristo. Afinal, para quem tem fé, jamais falta tudo. A fé nos faz continuar na luta. Faz com que tentemos sempre mais uma vez e com mais afinco. Deus jamais vai me deixar faltar tudo, já que pelo menos a fé sempre poderei ter... mas isso não depende dele. Depende de mim! Pura a exclusivamente de mim. Mas isso não é milagre... é vontade!

A PASTEURIZAÇÃO DA FÉ

Você pode até não saber o que significa, mas provavelmente sabe que todo o leite voltado para o consumo tem que ser pausterizado. Pois, a pausterização corresponde a um processo, a grosso modo, de purificação do leite.

Mas fora os aspectos sanitários da pausterização, ela também tem uma grande importância no que se refere à história da ciência e da religião. Afinal, foi a partir do desenvolvimento do processo de pausteurização que foi por terra um dos maiores pilares do pseudo respaldo científico da religiosidade  medieval: a teoria da abiogênese, segundo a qual a vida não precisaria de vida preexistente. De sorte que a lama viraria peixe, lixo viraria rato, etc. E que esta possibilidade representaria a ação criadora de Deus na natureza.

A partir da pausteurização, dogmas reliosos tiveram que se curvar a fatos científicos. Moscas nascem de outras mosca, peixes de outros peixes, microorganismos de outros microorganismos.

Diante disto, você pode pensar que o autor do processo tenha sido um notório ateu. Pelo contrário! São famosas as histórias acerca da fervorosa religiosidade cristã de Louis Pasteur. Dentre elas e demonstração, na pespectiva da lógica, de que o melhor a ser feito é seguir aos ensinamentos de Cristo, mesmo que não seja possível, científicamente, demonstrar em absoluto a sua existência (na perspectiva da ciência formal)

Argumentação, que de forma bastante simplificada, pode ser explicada da seguinte forma:

Se você segue e acredita e Deus realmente existe: sua alma será salva e receberá o direito de juntar-se aos justos no Paraíso;

Se você NÃO segue e NEM acredita e Deus realmente existe: você só saberá a verdade quando for tarde de mais para fazer alguma coisa, quando já estiver condenado ao inferno;

Se você segue e acredita mas no final Deus não existir: você terá levado uma vida digna e justa, orgulhando aos seus descendentes que o tomarão como bom exemplo a ser seguido e de quem se lembrarão sempre com carinho;

Se você NÃO segue e NEM acredita e no final Deus não existir: você terá prejudicado diversas pessoas e provavelmente envergonhado em muito aos seus descendentes. Terá tido muitos prejuízos e corrido sérios e desnecessários riscos.

Assim sendo, resta mais do que demonstrado que todo mundo só tem a ganhar seguindo aos ensinamentos de Jesus Cristo. Fato mais do que demonstrado, até mesmo no mais simples como de leite.

POR QUE BUSCAR A CRISTO?

Sempre vemos e ouvindo pessoas nos dizendo da importância de se buscar a Cristo, mas por qual motivo o faríamos? Para que nossos desejos sejam realizados? Se assim for, não haverá grande diferença entre buscar a Cristo e buscar à lâmpada mágica de Aladim.

Mas ainda assim, não falta quem faça promessa e uma sucessão de pedidos, como que a crer que Deus não seria onisciente ao ponto de saber o que é justo e devido a cada um, mas passível de ser convencido ou mesmo ludibriado, já que também não faltam os que descumprem suas próprias promessas.

Ou seja, ao se admitir que Deus dá a cada um conforme o seu merecimento, como demonstrar esse merecimento? Através de promessas que demonstrem nossa capacidade de sacrifício? Através da quantidade de horas ajoelhado? Ou através da intensidade do pensamento direcionado?

Se for pelo pensamento direcionado, qual a diverença entre buscar a Cristo e a autosugestão e neurolinguística?

Some-se a isso que buscar a Cristo focando qualquer resultado faz com que, uma vez obtido o resultado, a busque deixe de ser necessária, devendo ser retomada cirsunstancialmente, sempre que houver uma nova demanda... um novo pedido.

Daí se percebe que buscar a Cristo sob qualquer perspectiva utilitarista, esvazia de sentido a busca na medida em que a banaliza à mera busca de reslutados práticos de forma tal e qual ao que se faz pela autossugestão ou pelo uso de talismãs.

Mas então porque buscar? Para mostrar-me como uma pessoa melhor para os meus pares? Mas para isso basta cultivar a boa educação e respeito ao próximo.

O fato é que não há como definir um motivo prático e objetivo para que busquemos a Cristo. Então por que tantos o fazemos?

Diversas teorias são criadas a cada dia. Nunca se chegando a um consenso. Mas, se por um lado não podemos dar uma explicação racional e unânime para que busquemos a Cristo, por outro, só quem já experimentou não fazê-lo, sabe o quanto a existência pode ser triste e vazia de significado!

DESAFIO EM CRISTO

Mudar sempre nos causa medo. Ainda que a mudança seja para melhor. Não importa! Mudar significa romper com valores e costumes arraigados e já incorporados ao nosso cotidiano. Por isso a vitória sempre custa tão caro. Vencer requer esforço e perseverança.

E não apenas em momentos isolados, mas de forma freqüente e obstinada. Seja para perder peso, passar em um concurso ou mesmo conquistar e manter o amor de alguém. Mas, ainda que todos reconheçam que a prática constante de hábitos positivos traz bons resultados, poucos são os que de fato conseguem incorporá-los. Poucos são os que estudam com afinco, cultivam a polidez, comem moderadamente, etc.

Buscamos o prazer pelo prazer, ainda que conscientes de que a médio e longo prazo, seus resultados serão tudo, menos prazerosos.

Assim também é com a aceitação a Cristo. Afinal, quantos, mesmo reconhecendo a sapiência dos seus ensinamentos, realmente os incorporam em suas vidas? Não basta orar 500 vezes por dia e gritar aos quatro ventos: “SOU CRISTÃO!”, se você mente, sonega impostos, fura fila, trai a confiança dos seus próximos, odeia, discrimina,... Até porque, deve-se dar a César o que é de César, e a Deus ao que é de Deus. Ser CRISTÃO É SER EXEMPLO!

Infelizmente, parece que distorcemos tal ensinamento e preferimos sonegar ao que é de Cesar e dar “adeus” ao que é de Deus. É mais fácil, cômodo e lucrativo fazer assim. Ainda que, da mesma forma que acontece com o cultivo de hábitos como o sedentarismo, a gula, a promiscuidade, a preguiça, etc., saibamos que os resultados a médio e longo prazo não serão nada bons.

Em contrapartida, os resultados das boas práticas requerem tempo para serem percebidos Justamente em virtude disso, tantos desistem pelo caminho. Mas os que perseveram, esses são aclamados como campeões, aprovados, felizes no casamento, plenos de paz em Cristo!

Saúde e paz, que o resto, com fé em Cristo, a gente faz!